Tradutória

Reflexões sobre a Tradução. Confira aqui dicas sobre livros, internet, dicionários, tudo para ajudar o tradutor e um pouco de literatura em geral.

E-mail de atendimento.

sexta-feira, julho 20, 2007


[10:32 AM]

Sinal de vida e outras pendências

Meus caros leitores, volto aqui depois de um longo tempo sem dar sinal de vida. Confesso que o blog ficou meio de lado, mas foi por uma causa justa, trabalhando muito. Os últimos meses foram muito corridos, algumas noites em claro, prazos finais para ontem! Nas horas de descanso, é isso mesmo, eu descanso...
Mas cá estou, não estou de bobeira e mesmo assim arrumei essa "brechinha" nesta sexta-feira de manhã ensolarada. Gostaria de responder algumas mensagens que deixaram aqui. Primeiro, fazer uma reparação; com relação à minha retrospectiva de tradução abaixo, o idealizador e primeiro colaborador do Tradutória foi o meu amigo, também tradutor, Felipe Cichini. À época em que fazíamos a faculdade de tradução na Universidade de Brasília, ele convidou-me a colaborar no blog. Por motivos estranhos a mim, e acho que por manter outros blogs também, ele "largou" o Tradutória e eu continuei os trabalhos sozinho até hoje. Grande Felipe!
Quanto ao Ivan que perguntou sobre o CAT Wordfast, eu não tenho intimidade com essa ferramenta, trabalho mais com o Trados ou SDLX, mais muitos tradutores adoram esse programa e o acham até melhor que o Trados, além de ser mais barato, claro.
Agora para o Marcus Vinícius, querendo saber sobre traduções na área biomédica/médicas,
eu não entendi exatamente o que você quer saber, se sobre a tradução na área biomédica, como entrar na área, o que eu acho de alguém que não tem formação em letras ou tradução.... Mas se for sobre a tradução da área de biomédicas, acho que é uma área muito boa, há uma grande demanda de traduções nessa área médica/farmacêutica. Pessoalmente, eu gosto muito de traduzir coisas nesta área, principalmente a área médica/instrumentos médicos.

Por hoje é só pessoal/ that´s all folks!


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quarta-feira, janeiro 31, 2007


[3:17 PM]

Happy 2007!

Neste primeiro post do ano gostaria de fazer alguns comentários.

Em primeiro lugar, queria desejar um feliz 2007 para todos as pessoas que perdem um pouco do seu tempo passando aqui neste blog - às vezes deixando uma mensagem.

Em segundo lugar, não tenho atualizado o blog com mais frequência porque tenho estado muito ocupado, graças a Deus.

Em terceiro, aos visitantes do "Tradutória" que deixam um comentário ou que mandam um e-mail para mim, os aspirantes a tradutor, que me pedem ajuda para iniciar na carreira, dicas de como arranjar trabalho, de ferramentas de tradução, etc.
Meus caros, a única dica que eu realmente posso lhes dar e que também serviu para eu começar a entrar nessa profissão é uma só: pesquisa e estudo, e quanto mais você estudar e pesquisar, mais terá que estudar e pesquisar, não necessariamente nessa ordem...
Não existe uma "dica" certa e nem uma fórmula de sucesso. Faça você o seu caminho. A única dica certa é essa, estudo, pesquisa, curiosidade. O tradutor tem que amar o que faz, gostar de computadores e de ficar horas na internet (atualmente, nós quase que vivemos nela), mesmo porque é o nosso principal instrumento de trabalho. A rede está repleta de informações, de fóruns e comunidades para tradutores. Este blog (vasculhe o histórico) e a internet estão cheios de dicas e mais dicas, é só fuçar por aí, mãos à obra...Foi assim que comecei, pode servir para você também...

Por último, quem deixar uma mensagem no blog e quiser que eu retorne, deixe o endereço do seu e-mail para que eu possa responder.
Boa sorte!


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sexta-feira, dezembro 01, 2006


[11:40 AM]

Dicas de Blog

Depois de algum tempo longe do blog, por motivo de trabalho, volto aqui para indicar dois blogs: um que já acompanhava há tempos e outro que eu descobri recentemente através do primeiro. Os dois trazem dicas muito práticas do inglês no dia-a-dia.

Tecla Sap, do tradutor e intérprete Ulisses Wehby de Carvalho.

Inglês pra quê

Enjoy!


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quinta-feira, outubro 05, 2006


[7:30 AM]


Trabalhe em Casa

Há algum tempo o computador e a internet fazem parte da vida do tradutor, ou melhor, o computador é o local de trabalho do tradutor. Grande parte dos tradutores trabalham em casa, como freelancer, em seus computadores, navegando na internet, contatando clientes, recebendo trabalhos e pagamentos on-line, gerenciando suas finanças. Por isso, quanto mais potente e ágil for os recursos de sua máquina, melhor. Saber montar um escritório em casa, com um bom computador e bons aplicativos, já é um primeiro passo para o sucesso de seu negócio.

No Yahoo "Terças de Tecnologia", saiu um artigo sobre como montar um escritório em casa, com programas direto da internet e dicas de aplicativos úteis e gratuitos.


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sexta-feira, setembro 01, 2006


[12:13 PM]

O futuro do Jornal

Traduzi um artigo muito interessante da Economist sobre a ameaça de desaparecimento dos jornais impressos em função da expansão dos jornais e bloggers na internet
A matéria em inglês se chama "Who killed the Newspaper?"
e a minha tradução "Quem Matou o Jornal?" foi publicada no site do Observatório da Imprensa.

Good Reading!


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domingo, agosto 20, 2006


[10:44 AM]

Como Estou Apredendo A Ser Tradutor
Uma retrospectiva de minha trajetória na tradução

Traduzir sempre fez parte de minha vida. Quando adolescente, traduzia letras de música das minhas bandas favoritas (a maioria do Reino Unido) e entrevistas de músicos e personalidades de países de língua inglesa. Biografias, história, música, era o que me interessava. Gostava de ouvir a BBC de Londres em ondas curtas e ler livros e revistas em inglês. Aí, acredito eu, já estava plantada em mim a semente do tradutor, mesmo sem saber do que se tratava.
Nessa época eu já estudava inglês por conta própria, como autodidata que sempre fui. Mais tarde, passei para as escolas de inglês, mas nunca me contentava - o que os professores ensinavam não passavam das mesmas lições e repetições diárias -, eu queria algo mais. Finalmente, encontrei uma professora particular que me fez, de fato, entrar em contato mais profundo com a língua que tanto me cativava desde tão cedo. Aprendi a ouvir, a ler e a escrever melhor a língua estrangeira. À época, eu tinha uma banda de syhntpop - estilo musical que surgiu da fusão da new wave e música eletrônica dos anos 80 -, e meu progresso no inglês foi primordial para começar a fazer letras mais elaboradas.
Passado alguns anos de aprendizagem e aperfeiçoamento da língua, e um tempo de indecisão quanto ao que fazer para o vestibular, optei por fazer o curso de Relações Internacionais na universidade de Brasília. Não passei, e fiquei muito frustrado. Parecia que nenhum curso me empolgava, nada me chamava muita atenção. Um dia, folheando o guia do vestibular da UNB com os cursos oferecidos pela universidade, vi o curso de Letras habilitação em Tradução. Aquilo me chamou a atenção e quis saber mais, que curso era aquele, como era ser um tradutor, se eu podia ganhar bem atuando como um; afinal, eu "sabia" o que era traduzir e não sabia nada sobre o ofício de tradutor. Estava decidido, eu iria prestar o vestibular para "Tradução". Passei com louvor e lá fui eu "aprender" a traduzir.
Foram quatro anos e meio de curso. Sempre fui muito curioso para aprender as coisas, e, uma vez na faculdade, isso não seria diferente. Ao longo do curso eu observava que ninguém falava no mercado de tradução, nas ferramentas, na tecnologia empregada para nos auxiliar em nossa tarefa, pois logo fiquei sabendo das memórias de tradução. O enfoque, no curso de tradução, era para o exercício de tradução, para as habilidades do tradutor e as implicações lingüísticas das línguas envolvidas no processo tradutório. Eu achava interessante, aprendi muito, mas eu sentia que faltava mais - de novo a sensação de "faltar algo" -, eu buscava algo mais concreto, queria saber do mercado de tradução, entrar em contato com tradutores reais, com textos reais, tecnologias para os tradutores, etc. Sempre fui muito interessado em computadores, internet, softwares e tecnologia da informação. Passei horas pesquisando sobre tradução e o mercado na internet. Nessa época da faculdade, eu entrei em listas de discussão de tradutores na internet (tradutores.com, trad-port, Litterati, pra citar algumas), abri este blog , o Tradutória, no intuito de escrever sobre a minha experiência e conhecimentos adquiridos com as minhas pesquisas e estudos sobre tradução, ainda como um estudante de tradução e posteriormente como tradutor formado. Através de uma professora de tradução, consegui fazer o estágio do curso no ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília, no ano de 2003. Era um projeto de cinqüenta laudas, mas no final acabei fazendo cem. Eu fazia a tradução em casa mesmo, no meu computador, e teria que entregar no prazo de três meses ou menos, se não me engano. O texto era sobre os processos industrias que provocavam o aumento no buraco da camada de ozônio, o chamado efeito estufa. Abordava assuntos ligados à química, passando por biologia, física, e questões ambientais. Foi neste projeto que usei pela primeira vez as tão comentadas TM, de translation memory, memória de tradução em português. Desde então, vejo o quão importante são as ferramentas de auxílio à tradução (CAT), especialmente, para os textos técnicos, onde as repetições são mais freqüentes e as traduções mais padronizadas.
Os anos na faculdade foram bons para aprender que se você fica bitolado na vida acadêmica, e afirmo isso com relação ao curso de tradução, ou você se torna um pseudo-intelectual discutindo teorias a vida toda ou você sai para o mercado de trabalho apenas com uma parca noção do que é realmente ser um tradutor dentro de um mundo mais globalizado e competitivo. Vi muitos colegas de curso se formando e indo trabalharem em outras áreas, às vezes, áreas muito diferentes da tradução. Muitos ocupam cargos públicos em diversas autarquias e órgãos do governo. Alguns chegam a fazer outro curso universitário, quando não vêem muitas oportunidades dentro da área. Isso acontece, a meu ver, devido à má preparação que o aluno de tradução recebe na sala de aula, pois ele não sai de lá pronto para o mercado de trabalho, pronto para competir; sai de lá sem saber por onde começar, não sabe nada sobre o mercado em que foi jogado, não conhece a profissão de fato, como ela é na realidade. Não é culpa dos professores, pois estes se dedicam com afinco - alguns deles sim, outros não - para passar todo o conhecimento de uma vida toda em apenas algumas horas de aula em quatro anos. Por isso, já consciente dessa limitação, eu sempre fui atrás, nunca fiquei sentado esperando que o mundo viesse a mim e me explicasse como tudo funciona. Estava fechado naquela vida acadêmica e mal esperava para sair de lá e buscar um lugar neste mercado competitivo, pondo em prática tudo o que eu sabia e aprendendo muito mais. Foi quando o último ano da faculdade chegou e teria que fazer o projeto final do curso de tradução. Era aconselhado que fizéssemos o trabalho em dupla, então, chamei um grande amigo da faculdade. Desde o princípio, quis fazer a tradução de algum texto sobre tecnologia.
Engraçado como certos textos que vem para a gente começam a ter relação com o que você pensa, tem a ver com as suas preferências e com o mundo ao seu redor. Sempre fui ligado em tecnologia, em textos técnico-científicos. Eu comuniquei a meu parceiro sobre essa minha predileção por textos técnicos e científicos, de preferência na área de tecnologia do futuro. Ele então me disse que a mãe dele trabalhava para a GEEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) - instituição dedicada à promoção e realização de pesquisas e estudos prospectivos de alto nível na área de ciência e tecnologia - e que poderíamos escolher um texto do website da instituição. Pesquisei algum tempo e achei o que me pareceu o mais interessante, uma publicação da Consumer Eletronics Association intitulado Five Technologies to Watch 2005. Este tratava de um relatório de analistas do mercado de tecnologia que apontavam as cinco maiores tendências de tecnologia de ponta que se destacariam e que mudariam a vida dos consumidores no planeta. Foram cerca de 20 dias com a tradução de 26.000 palavras, contando com a teoria, o relatório da tradução, anexos e glossário. Apresentamos a tradução para uma banca de três professores do departamento de línguas estrangeiras e tradução. Fomos muito elogiados pelo trabalho e recebemos a menção máxima SS (Superior). Foi uma oportunidade muito enriquecedora, pude aprender muito mais sobre o TRADOS, a ferramenta CAT que utilizava na ocasião, além de ter ganho em experiência com o processo da tradução - sem contar também que fiquei muito mais confiante por minha tradução ter sido tão bem recebida e elogiada pelos professores, também tradutores.
Li certa vez, não sei bem aonde, mas tratava-se de um professor de uma universidade inglesa, que afirmava que um tradutor leva, em média, sete anos para se formar. Quatro anos de faculdade e mais três anos de "estágio" até você ser um tradutor gabaritado. Não sei bem até onde isso é verdade; penso que o tradutor leva a vida inteira para saber alguma coisa, que sempre estamos aprendendo, e temos que nos reciclar sempre, indo sempre atrás da informação, do conhecimento e da excelência em nossos serviços. Pois bem, com o diploma na mão, e o mundo todo pra conquistar, a questão era por onde iria começar. Comecei a mandar currículos para as agências de tradução e colocar anúncios no jornal oferecendo os meus serviços. A primeira dificuldade que se tem, quando você não tem ninguém que lhe indique para um emprego ou serviço, é conseguir o primeiro trabalho ou emprego. Aí entra a tal da experiência. Mas como eu poderia competir, recém saído da faculdade, apenas com um título de graduação para "contar vantagem". Quando eu via o currículo de outros tradutores com muitos anos de experiência e traduções feitas em diversas agências e empresas, eu desanimava. Voltei para Goiânia, minha cidade natal. Fiquei enviando currículos e fazendo testes durante uns cinco meses, até que uma amiga "virtual", também tradutora, indicou-me um site americano, onde tradutores independentes faziam traduções on-line. Só era preciso que eu fizesse um teste e fosse aprovado, claro. O teste era difícil, mas fiz com dedicação e, uma semana depois, recebi a resposta de que fora aprovado. Começava um novo ciclo, eu faria as traduções e receberia meus primeiros pagamentos por isso. Estava finalmente exercendo a minha profissão. Eu traduzia listas de termos, das mais diversas áreas, incluindo TI, geologia, física nuclear, biologia, geografia, botânica, entre outros. Era empolgante e desafiador traduzir várias palavras e termos de diversas áreas, sem muito contexto. Li muito sobre vários assuntos a fim de conhecer mais a respeito do que estava traduzindo. No mesmo período, fiz mais uns trabalhos para uma agência do Rio de Janeiro. Traduzi um manual de uma copiadora digital. A partir dos pagamentos que recebia, pude me mudar para Brasília. Nesta cidade ficaria mais perto das melhores oportunidades de trabalho. Comprei um computador de última geração, instalei-o na minha kit e comecei a trabalhar. Logo depois, recebi uma proposta de trabalho de uma agência de tradução do Rio Grande do Sul para traduzir manuais de máquinas e motores de máquinas agrícolas. Sempre me enviavam trabalho, tinha um fluxo constante de tradução, e começava a incrementar o meu currículo, com novas experiências, novos desafios. Trabalhei com dois programas: Trados e Transit. Neste período, estudei bastante essas duas ferramentas. Com o Transit, traduzi apenas um projeto, e aprendi muito pouco sobre ele, o bastante para terminar o trabalho. Utilizei o Trados nos outros projetos, acabei ficando com um excelente conhecimento desse CAT.
Li o manual do wordfast, preparado pelo tradutor Danilo Nogueira; achei ótimo e bem didático, introdutório, mas é uma verdadeira "mão na roda" pra quem não sabe nem por onde começar. E aprendendo uma CAT fica fácil saber os outros. A tecnologia dos programas é muito parecida. Com a ajuda da internet e todos os meios de pesquisa que dispunha, fui aprimorando as minhas técnicas de tradução, descobrindo o meu "mecanismo" de tradução, procurando sempre incorporar conhecimentos a partir dos relatórios e glossários que me enviavam logo após cada projeto realizado.
Algum tempo depois, através de um site de tradutores, uma agência do Reino Unido me contatou para fazer a tradução de folhetos promocionais de aparelhos médicos para uma empresa britânica. Foi aí que me descobri com textos médicos. Gostei bastante do material que estava traduzindo e dos resultados obtidos. Após uma primeira etapa do projeto, eles me pediram mais traduções. Foi o trabalho que mais gostei, senti muita afinidade com essa área.
Hoje, o tradutor mora na internet. Não vejo melhor modo de definir como vivemos e nem mesmo consigo imaginar como era a vida de um tradutor fora da internet. Não afirmo isso só pela questão da pesquisa e dos recursos que hoje temos disponíveis na rede, como dicionários, sites de referência e listas de discussão, mas pela velocidade da comunicação com clientes, agências e outros tradutores. Você pode negociar com um cliente do outro lado mundo e receber o seu projeto em questão de segundos, através do seu e-mail, e dar a resposta com similar rapidez. Podemos expor o nosso currículo on-line, contactar clientes, fazer cursos, consultar dicionários on-line e especialistas em vários assuntos, além de outras coisas. Se São Jerônimo pudesse ver toda essa revolução! Hoje, mais experiente na profissão e atuante no mercado, percebo que o que interessa para nós, ou melhor, para o cliente, é a eficiência do seu serviço. Os clientes e agências que empregam tradutores querem eficiência aliada à rapidez e qualidade na produção, dentro dos prazos estipulados. A tradução é sempre para ontem. É nessa direção que estou focado. Se não entregar a tradução no prazo, não atender às especificações do projeto, não produzir dentro da margem de qualidade esperada e, ao mesmo tempo, cumprindo com os prazos estipulados, o mercado não aceitará esse tradutor. O mais difícil é se manter no mercado em pé de igualdade, trabalhando os requisitos acima mencionados. Estou mais confiante do que nunca e não me imagino fazendo outra coisa. Espero alcançar degraus mais altos na profissão, novos desafios, novos projetos, trabalhando para reconstruir as palavras sempre mais uma vez.


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quarta-feira, julho 12, 2006


[8:23 AM]

São Jerônimo - Patrono dos tradutores

No bastidor, o elo da comunicação
extraído do JB online

Tradutores e intérpretes atuam no anonimato para que pessoas de línguas diferentes possam dialogar e se entender

Eles são o elo de comunicação entre pessoas de línguas diferentes. Participam de conferências, fóruns mundiais, seminários com a ONU e até reuniões sigilosas que, às vezes, definem o rumo de um país. Inúmeras são as ocasiões que exigem a presença de um profissional bilíngue para fazer a tradução oral ou escrita dos discursos apresentados. Então, entra em ação a figura dos tradutores e intérpretes profissionais, que, na maioria das vezes, ficam trancafiados em uma ''central'', com um aparelho que traz o som do conferencista e leva a tradução do intérprete para os receptores.
No entanto, para atuar nessa área basta apenas dominar o idioma. A profissão não é regulamentada e sequer existem conselhos que garantam os direitos da classe, o que também reflete na remuneração, dependendo bastante da atividade da pessoa exercida com competência e do patrão que paga o salário. Entre os grandes patrões está o Senado Federal, a Câmara Legislativa, os tribunais superiores, as embaixadas e os bancos.

- Acredito que testada a eficiência e o nível do profissional, o tradutor e o intérprete podem ser das atividades mais bem remuneradas - afirma Ewandro Magalhães, diretor executivo da Agência de Tradução Die Press.

Mas, para quem tem conhecimento de línguas estrangeiras e sabe transformá-las em algo compreensível para a população, existem boas instituições que possibilitam muito treinamento e contato com o mercado de trabalho. As de ensino superior também aprofundam conhecimentos lingüísticos e culturais. No entanto, aqueles que optam por cursos mais diretos, com uma vivência mais prática da carreira, terão como pré-requisitos uma vasta cultura geral. Este é o caso de Juliette Gaasenbeek, holandesa moradora há sete anos no Brasil. Além de dar aulas de inglês, ela atua como tradutora bilíngue português-inglês. Sua experiência socio-lingüística vem dos anos que morou na França, Inglaterra e Alemanha.

- É um mercado promissor. No início é comum o intérprete achar que todo mundo vai para o evento para julgar o seu trabalho. Ninguém está lá para isso. Quem ouve é quem precisa da tradução para compreender a palestra, então torce para que ele seja muito bom - conta.

Para Ewandro Magalhães, o fato das escolas oferecerem formação acadêmica na área ganharem espaço tem diminuído o número de pessoas que, apenas por dominarem uma segunda língua, se arriscam na profissão. Para ele, essa flexibilidade na formação dos profissionais de tradução dá espaço para a revelação de talentos.

- Era um mercado muito fechado e cheio de aventureiros. Queriam fazer tradução até arrumar um trabalho melhor. Hoje, as exportações e importações cresceram e muitos profissionais gabaritado têm conseguido o seu espaço. Mas é um mito achar que para ser tradutor ou intérprete não precisa ter o conhecimento lingüístico. A maior parte das técnicas aplicadas na tradução são comportamentos que podem ser desenvolvidos, são habilidades treináveis. Mas, é claro que ter o dom da tradução também é fundamental - salienta.


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terça-feira, fevereiro 14, 2006


[4:02 PM]

Traducomics

Resolvi fazer um blog com as minhas traduções de quadrinhos. Eu mesmo as edito no Photoshop. O link está acima e sempre aí no área de links.

Tradução


Original em inglês


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sexta-feira, janeiro 20, 2006


[3:06 PM]

Traduções Médicas: O Panorama Corporativo
Por Peter Boylehoffmann
La Rochebasel, Suíça

Então o que faz a tradução ser interessante e desafiadora? Para simplificar, é função do tradutor técnico/científico entender o texto de origem e verter a informação que este tenciona comunicar de forma completa, precisa e apropriada para o idioma alvo, tendo em mente a função de uso do texto e o público. Os tradutores têm de reproduzir as mensagens e intenções do original. Traduções feitas para publicação devem ser lidas como se tivessem sido escritas na língua alvo e até documentos intencionados para usos menos públicos devem ser convincentes e legíveis. Isto exige uma série especial de habilidades e aptidões, e a complexidade da tarefa é geralmente subestimada. Tradutores inexperientes, e até mesmo especialistas em determinadas áreas, tendem a produzir traduções literais ou ´palavra por palavra` que seguem padrões do idioma de origem ao invés de acharem uma forma de expressão mais natural no idioma alvo.

Como requisitos básicos, os tradutores técnicos/científicos precisam ter um profundo conhecimento da língua de origem (incluindo noção de seus padrões retóricos específicos e estruturas de discurso), serem ligados em detalhes, terem fluência nativa ou quase no idioma alvo, vocação para escrever, e habilidades para compilar informação altamente desenvolvidas. Eles realmente precisam unir três tipos de curiosidade: sobre idioma, o assunto, e a forma como os especialistas falam e escrevem sobre o assunto. Com todas as outras coisas niveladas, quanto mais um tradutor sabe sobre o assunto e sua linguagem for especializada, mais fácil fica a tarefa e melhor o resultado.

Como podem os cientistas contribuir para a tradução? Fora o profundo conhecimento e experiência sobre sua própria especialidade, eles oferecem uma base científica mais ampla, a curiosidade inata dos cientistas, e a perspicácia de ter entendido como funciona a ciência e o discurso científico. Eles também trazem habilidades de pesquisa muito específicas para compilar informação e para achar a literatura necessária. Não menos importante, eles trazem seu conhecimento da linguagem especial da ciência. No entanto, os cientistas que pensam em se tornar tradutores precisam analisar cuidadosamente suas habilidades para as línguas e para a escrita. E com certeza devem considerar um treinamento formal em idiomas - a melhor forma e certamente a mais rápida para desenvolver habilidades de nível profissional. Já que poucos tradutores técnicos/científicos podem se dar ao luxo de se concentrar em uma especialização estrita, os cientistas que contemplam uma carreira como tradutor também devem se preparar para expandir seus conhecimentos sobre seu próprio assunto incluindo outras áreas.

O mercado de tradução é tão diverso quanto as áreas onde os clientes operam. Por exemplo, as necessidades de tradução técnica/científica de uma empresa farmacêutica grande passa por um vasto campo, desde P&D, patentes, fabricação (produção química, formulação farmacêutica e embalagem), e questões regulamentares até informação sobre produto, marketing e comunicação científica, com assuntos que variam desde química, bioquímica, biologia molecular, farmacologia, toxicologia, diagnóstico e medicina, à engenharia química e processual e proteção ambiental.

Os serviços de tradução são fornecidos por freelancers (o grosso na profissão), tradutores internos empregados por empresas e instituições, pequenas e grandes empresas de tradução (que empregam tanto tradutores assalariados quanto freelancers), e agências de tradução (que terceirizam o trabalho a tradutores freelancers ou empresas de tradução). O mercado é altamente fragmentado, com grandes partes deste mostrando todas as características de uma operação do tipo ´fundo de quintal`: a grande maioria dos tradutores trabalha por conta própria ou no comércio informal por taxas que variam largamente de um projeto para outro. (A remuneração é tipicamente por palavra ou por página ou linha de texto, embora alguns profissionais de primeira linha possam negociar tarifas por hora de trabalho.) Apenas um punhado de empresas de tradução tem alcance internacional. Isso dificulta achar emprego assalariado, mas o tamanho do mercado mostra que há oportunidades em abundância para trabalho especializado como freelancer. É só uma questão de sair procurando para achá-lo.

Quais as recompensas? Na Europa, a grande maioria de tradutores empregados na indústria ganha bem, comparável ao salário de outros profissionais. A situação dos freelancers varia consideravelmente, dependendo de suas habilidades e do mercado que escolhem para atuar. Tradutores competentes com qualificações científicas e técnicas essenciais são muito procurados pela indústria, por empresas de tradução e agências. Como um tradutor técnico/científico você pode não estar criando conhecimento, mas você com certeza estará usando seus talentos criativamente para ajudar a disseminá-lo.

*Traduzido por Karen Shishiptorova
Leia o texto na íntegra: Universia Brasil


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quarta-feira, janeiro 04, 2006


[2:24 PM]

Informações para tradutores iniciantes:
Fonte: Sindicato Nacional dos Tradutores (SINTRA)


O que é uma "lauda"?
Na verdade, a lauda nasceu no jornal: uma lauda corresponde exatamente a uma coluna impressa no jornal. Era utilíssima quando o linotipista compunha as pranchas para imprimir o jornal. [ Para saber o que é "linotipo", leia abaixo ou consulte o site http://www.diariopopular.com.br/25_01_05/tc240102.html
Mais tarde, as editoras de livros começaram a utilizar a "lauda" na redação e composição de textos porque a lauda equivalia exatamente a uma página de texto impresso nos livros.
Com o fim do linotipista e o advento do computador, muitos dos termos utilizados ficaram obsoletos.
Enfim, a lauda de jornal e editora (papel "tamanho ofício") tem tradicionalmente, de 30 a 32 linhas com até 72 caracteres (um "caractere" - termo usado em computação e legendagem de filmes, além das áreas de que estamos tratando - é qualquer letra, símbolo ou espaço digitado).

Como calcular uma lauda?
TERMOS:
Toque - Um toque é cada vez que o dedo do datilógrafo e/ou digitador encosta no teclado, inclusive para dar espaços.

"Caractere" - Neste contexto, o termo um "caractere" tem o mesmo significado, embora seja mais usado em informática.
Assim sendo, cada letra, símbolo ou espaço digitados ou datilografados em um texto constituem um "toque" ou um "caractere".

Lauda - A lauda é a folha de papel digitada ou datilografada pelo tradutor, pelo repórter, jornalista ou autor.

Tamanho da lauda - Para se saber o tamanho da lauda é preciso saber quantos toques ou caracteres tem cada linha e multiplicar este número pelo número de linhas que vai se usar na página.
Nos dias de hoje, utiliza-se, profissionalmente, para traduções e outras finalidades, o papel "tamanho A4". Usando-se o "espaço duplo" para digitar/datilografar, cabem mais ou menos 25 linhas de texto nesta folha de papel. O número de caracteres ou toques vai variar, dependendo do tamanho da letra (ou "fonte").

Tipos de lauda
Tradução literária: 30 linhas com até 70 toques (ou caracteres)
30 linhas x 70 toques (ou caracteres) = 2.100 toques (ou caracteres)

Tradução juramentada: lauda padronizada
25 linhas x 50 toques (ou caracteres) = 1.250 toques (ou caracteres)

Cobrança por toques (ou caracteres)
Com o computador, ficou mais fácil cobrar o serviço de tradução por "caracteres", contados com ou sem espaço, já que o computador calcula isto automaticamente.


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[12:42 PM]

CAT Tools
(Ferramentas de Auxílio à Tradução)

Acabei de adquirir o TRADOS 7.0 e o Wordfast 5

Qual devo usar? Qual o melhor? Ainda não sei, mas do pouco que andei fuçando aqui e ali, vi que ambos possuem seus prós e contras.

Li o manual do wordfast, preparado pelo tradutor Danilo Nogueira; achei otimo! Bem didático, introdutório, mas é uma verdadeira mão/mãe na roda pra quem não sabe nem por onde começar. E aprendendo um fica fácil saber o outro. A tecnologia dos programas é muito parecida. Bem, hora do trabalho. Depois conto mais sobre essas memórias de tradução e o que eu consegui fazer com esses programinhas.
see ya


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[12:37 PM]

Glossário do Senado dos EUA
com termos relacionados ao Congresso
e ao processo legislativo americano : U.S Senate


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quinta-feira, novembro 10, 2005


[8:35 AM]

Glossário de Termos Financeiros/Economia

Itaú


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quinta-feira, outubro 13, 2005


[9:55 AM]

Links para Tradutores:

Para Tradutores, intérpretes e mentes curiosas




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terça-feira, julho 12, 2005


[10:16 PM]

Some Great RewardSomebody
Mr & Mrs Cazer
'At the end of the day
Some great reward
will be coming our way'


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[9:55 PM]



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[9:34 PM]

TRADUTOR - PROFISSÃO DE FUTURO
Extraído do Tradutores.com

Muitos dos novos empregos exigem habilidades complexas e pagam bem por elas. Qualquer pessoa motivada e flexível pode fazer parte dessa mudança, qualquer que seja sua formação educacional ou profissional.

Você está pronto para trocar de área? Um desses empregos está a seu alcance. Para alguns, agora é a hora da mudança.

Em conjunto com o Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie) da Coordenadoria de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ, que analisa as tendências do mercado de trabalho, identificamos cinco setores que devem oferecer crescimento no futuro próximo. E escolhemos um emprego de cada área para pessoas de nível médio de qualquer idade (PNM), diretores com experiência profissional (DEP) e indivíduos recém-saídos da universidade (RSU).

Setor Conhecimento
As pessoas que conseguem organizar e transmitir informações com clareza, têm senso empreendedor e uma boa rede de relacionamentos são muito procuradas, afirma Marcos Cavalcanti. O chamado setor do "conhecimento" da nova economia inclui professores, consultores, criadores de produtos, chefs de cozinha e abrange também outras áreas.

Tradutor técnico (RSU)
Você achou confuso o manual do computador ou da câmera de vídeo? Acha que consegue fazer melhor? O desafio é criar instruções claras e bem organizadas. Quando se parte de um manual em inglês, o tradutor deve torná-lo acessível ao público, sugere o engenheiro eletrônico Edson Tanaka, que escreve e traduz manuais. "Para entrar nesta área é preciso gostar de escrever, ser organizado. Uma vantagem é ter conhecimento sobre diagramação e editoração", informa Tanaka.

Média salarial: R$ 2 mil mensais. (Visite os sites: www.abrates.com.br, da Associação Brasileira de Tradutores, e www.sintra.org.br, do Sindicato Nacional dos Tradutores.)

Fonte: Revista Seleções - Reader's Digest

Site relacionado: http://www.selecoes.com.br/revista-empregojun05.htm


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quarta-feira, junho 01, 2005


[10:32 AM]

CONFLUÊNCIAS
Revista de Tradução Científica e Técnica


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segunda-feira, maio 23, 2005


[1:15 PM]

CAPACIDADES E HABILIDADES DO TRADUTOR
Fonte:A Empregabilidade do tradutor: um breve levantamento de questões
Adail Sobral

A. Em primeiro lugar, o tradutor deve ter o máximo de conhecimento das possibilidades expressivas de sua língua, ou seja, mais do que a gramática - que é uma das maneiras fundamentais de descrição e prescrição em termos da língua, mas não a única. Conhecimento das funções dos elementos de que trata a gramática e de que tratam os estudos de textos. Familiaridade com os vários modos de expressão que circulam na sociedade, incluindo as especificidades dos vários tipos de leitores e dos vários tipos de textos: jornalísticos, acadêmicos, "mundanos" etc. A gramática não dá conta do texto, nem o pode pretender, porque só vai até a frase, mas o texto não pode prescindir dela, porque as frases estão presentes nele, ainda que organizadas de uma maneira que vai além da gramática frasal, num plano que se poderia chamar, se se quiser, de gramática do texto.

Se privilegiar a gramática pode levar ao enrijecimento, desprezá-la produz dificuldades mil, entre as quais construções de difícil entendimento, ilógicas e mesmo construções totalmente incompreensíveis, cópias de estruturas das línguas de que se traduz que nada têm que ver com a da língua para a qual se traduz (por exemplo, "veneno para matar baratas de seis quilos"). Importa mais a função do que a definição, importa mais entender como funcionam os elementos e possibilidades da língua do que saber a designação que a gramática ou alguma teoria lhes dá - importa mais, porém não exclusivamente! Isso é vital também para negociar com os clientes, empregadores etc. Sem essa base, não se pode ser bom tradutor nem se defender de absurdos.

B. Conhecimento de textos em geral, de avisos na rua à literatura mais culta, passando por jornais e revistas; muitas leituras e variadas; conhecimento de terminologias específicas das áreas a que queira dedicar-se; conhecimento geral; curiosidade intelectual. O tradutor é um especialista em textos, escritos e falados, e tudo o que lê e ouve serve de material para suas traduções. É preciso desenvolver a capacidade de ser fiel ao original sem violar a língua para a qual se traduz, adaptar o original a um público leitor que não é o do original e que de resto o autor sequer conhece, sem com isso alterar o texto original nem perder sua especificidade ou violentar a língua para a qual se traduz. Esse é o grande desafio da tradução, bem mais difícil do que escrever um texto já de início voltado para um dado público.

C. Conhecimento de mundo, cultura geral, conhecimento de expressões artísticas em geral; de recursos auxiliares como dicionários, enciclopédias (sempre, é claro, sem tomá-los como autoridade incontestável); memórias de tradução, programas de tradução dita automática, procedimentos de tratamento de corpora lingüísticos. Conhecimento de descrições teóricas do processo de tradução. Capacidade de fazer buscas eficazes na Internet. Conhecimento de diversos programas de computador: processadores de texto, de planilhas, de apresentações, PDF, etc. A pesquisa e a capacidade de usar recursos é cada vez mais importante na tradução. Além de criar mercado, facilita as tarefas do tradutor, embora haja problemas outros a considerar quanto a isso.

D. Conhecimento da língua da qual pretende traduzir. Ler sempre os mais diversos tipos de textos e acompanhar as mudanças pelas quais a língua passa. Se possível, conhecer mais de uma língua estrangeira, porque isso ajuda a ampliar os horizontes e facilita recorrer a essas línguas para resolver casos difíceis do par em que o tradutor se concentra. O desconhecimento da língua para a qual se traduz leva a afirmações como a de um tradutor conhecido (e não vou dizer o nome!) para quem traduzir do português para outra língua é ruim porque a língua em questão não tem opções! Isto é confundir o conhecimento que se tem da língua em questão com a própria língua.

E. Contato com colegas por meio de listas, palestras, cursos, debates, congressos etc. Contato tanto com colegas da área (humanas, exatas, técnicos etc.) como de outras áreas. Esse contato serve para evitar o isolamento, levar ao aprimoramento, ser ajudado e ajudar a resolver problemas de tradução e inclusive para conhecer agências de tradução inidôneas, editores que não cuidam da qualidade ou que enfatizam certos aspectos e negligenciam outros, além de ser a base para uma futura criação da categoria tradutor, organizada, para enfrentar com mais força a muitíssimo bem organizada classe dos empregadores. Outro benefício é evitar a ingenuidade por meio do conhecimento das experiências alheias.


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segunda-feira, maio 16, 2005


[8:59 AM]

UM MUNDO A TRADUZIR
Mercado segue o ritmo da expansão comercial
Publicado no Globo

Alemão, francês, japonês e árabe, destaca o professor da PUC-Rio, Paulo
Henriques Britto, estão entre os idiomas em ascensão no mercado de
tradução. A presidente do Sindicato Nacional dos Tradutores (Sintra),
Heloísa Barbosa, diz que todas as línguas de países que têm relações
comerciais com o Brasil são requisitadas.

O inglês, no entanto, ainda impera, inclusive na oferta de cursos, tanto de
bacharelado como técnicos e de extensão.

­ A profissão não é regulamentada, qualquer pessoa pode exercer. O ideal
seria que os tradutores tivessem a formação, mas nem sempre isso acontece,
principalmente quando se trata de outro idioma que não seja o inglês ­ diz
a presidente do sindicato.

Uma área em que idade não atrapalha. Pelo contrário

Mas não basta dominar um outro idioma para ser tradutor. Ter um ótimo
português, boa cultura geral e gostar de pesquisar são os principais
requisitos, dizem profissionais.

­ A realidade é que não se trata só de converter de uma língua para outra.
O profissional faz, na realidade, um novo texto. Porque as expressões e
gírias usadas nos outros países são diferentes das nossas ­ explica o
tradutor e professor Georges Ribeiro.

Tradutora literária de inglês, francês, espanhol e italiano, Regina Lyra
acentua que uma das vantagens dessa área é que ninguém deixa de conseguir
emprego porque começou tarde. Formada em direito, Regina, que já traduziu
mais de 20 livros, decidiu mudar de profissão depois de trabalhar como
advogada por 15 anos:

­ Fui da primeira turma do curso de especialização da PUC, em 1997. É um
ofício que, quanto mais bagagem cultural se tem, mais valorizado se é.

Profissional exclusiva dos estúdios United Internacional Pictures (UIP),
Rossana Largman ­ um dos nomes mais conhecidos no mercado de tradução para
legendagem de cinema ­ acrescenta ainda que é importante que, sempre que
possível, o tradutor viaje para o país do idioma estrangeiro que domina.

­ Saber o que está na moda em relação a vestuário, lugares e alimentação é
essencial. Certa vez, traduzi um roteiro no qual o ator falava em popcorn
shrimp . Ao pé da letra, significa pipoca de camarão. Tive que pesquisar
para descobrir que era um empanado. Anos depois, o produto foi lançado no
Brasil. E foi traduzido com o nome pipoca de camarão!

Tradução simultânea também está em alta

Para a localização de softwares, também é fundamental que o profissional
conheça um pouco de informática, frisa Ana Beatriz Fernandes, diretora de
qualidade da Follow-Up, uma das maiores empresas do ramo no Estado do Rio.
Ana Beatriz conta que a maioria das firmas são pequenas e trabalham
principalmente com freelancers :

­ Cerca de 20 tradutores nos prestam serviços e temos seis na empresa que
fazem o controle de qualidade. Mas nosso quadro já foi aumentado. Pegamos
cerca de 30 projetos por mês ­ diz ela.

A presidente do Sintra ressalta que, além do trabalho para a mídia e a
localização de softwares, o mercado de tradução simultânea de conferências
é um dos que mais se expande, principalmente devido ao crescimento da
importância do Brasil no panorama mundial, que vem atraindo ao país
executivos e governantes de todo o mundo.

­ Neste caso, o profissional que domina mais de um idioma tem mais
condições de se empregar ­ diz Heloísa.


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