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terça-feira, junho 15, 2004
[8:52 AM]
Cérebro de bilíngues se mantém mais jovem, diz estudo
Por Maggie Fox
WASHINGTON (Reuters) - Ser bilíngue ajuda a manter o cérebro jovem, de acordo com um estudo canadense divulgado na segunda-feira.
Idosos bilíngues desde que nasceram apresentaram um menor declínio mental associado à idade se comparados com idosos que falavam apenas um idioma.
Os testes, realizados em pessoas que foram criadas falando inglês e francês, ou inglês e tâmil, sugeriram que o fato de ter de administrar duas línguas mantém a mente ágil e pode ajudar a evitar a deterioração mental provocada pelo envelhecimento, afirmaram os pesquisadores.
No trabalho publicado na revista Psychology and Aging, Ellen Bialystok, da Universidade York, no Canadá, e colegas disseram ter testado 104 adultos monoglotas e bilíngues entre 30 e 59 anos e 50 idosos entre 60 e 88 anos.
Eles usaram um teste que mede o tempo de reação para tarefas cognitivas, como reconhecer em que parte de um monitor aparece um quadrado colorido.
Todos os bilíngues, tanto os mais novos quanto os mais velhos, foram mais rápidos no teste, relatou Bialystok.
"Comparamos pessoas que, até onde podíamos saber, eram exatamente iguais", disse Bialystok numa entrevista por telefone. "Todos têm o mesmo nível de escolaridade. Todos tiveram notas exatamente iguais nos testes cognitivos. Todos tiveram o mesmo desempenho em testes de memória. E também em testes de vocabulário de inglês".
Metade dos testados foi criada falando francês ou tâmil em casa, enquanto falava inglês fora de casa.
"No grupo monoglota, as diferenças entre os adultos mais jovens e os mais velhos correspondiam a (o declínio observado em) estudos anteriores", disse ela. "Nos bilíngues idosos o declínio foi significativamente menor, drasticamente menor".
O teste não incluiu pessoas que se tornaram fluentes numa segunda língua mais tarde, pelos estudos. "Não é um talento", disse Bialystok, e sim a necessidade de trabalhar com duas línguas desde a primeira infância.
A pesquisadora afirmou que seus estudos anteriores com crianças sugerem que essas circunstâncias criam uma alteração no processamento de informação pelo cérebro.
Apesar de não ter incluído aqueles que aprenderam uma segunda língua mais tarde, Bialystok acredita que aprender novos idiomas só beneficia o cérebro. "Línguas são sempre boas -- quanto mais línguas melhor", disse ela.
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